sexta-feira, 25 de abril de 2008

Sorrisos de uma estrela...

"O dia começava como um outro qualquer… Ele acordava ainda meio atordoado das poucas horas de sono a que teve direito ainda a reclamar por ter de ir trabalhar mais uma vez…
Mas tinha de ser… Tinha de se levantar… Desta vez apesar de o dia parecer igual a qualquer outro, havia algo de diferente… Sentia uma ansiedade estranha…
Os dias anteriores tinham sido bastante intensos. Ainda digeria muita coisa do que tinha acontecido naquele sítio mas havia algo que não lhe saia da cabeça…
Então tentando ignorar esses sentimentos foi para o seu trabalho… Não era algo complicado mas no entanto era de uma responsabilidade bastante acentuada… Como sempre o fez tentou abstrair-se de tudo o resto e olhar só e apenas para o que tinha de fazer.
Por volta do meio-dia e mais qualquer coisa estava já na fase final do seu compromisso ali e mesmo com toda aquela tensão, a qual já estava bastante habituado, não conseguía desligar-se dos seus últimos dias e daquele tão especial momento que ainda não acreditava ter acontecido.
Acabou… Foi então almoçar e preparar as suas malas para a viagem que ainda teria de fazer… Tinha bastante tempo pela frente ate chegar a hora do outro compromisso que teria marcado para esse dia. Mas não ligou a isso e assim que se aprontou fez-se ao caminho…
Durante toda a viagem aquele sentimento de ansiedade, com que tinha acordado, ia aumentando e parecia crer sufoca-lo… Ele não percebia porque estava daquela forma… Era suposto ser apenas mais um encontro como tantos que já tinha tido no passado mas mesmo assim algo lhe dizia que aquele seria diferente…
Chegou então ao seu destino e encaminhou-se para casa…
Faltavam apenas umas horas até à hora marcada mas os minutos pareciam transformar-se em horas e as horas em dias… Lembrou-se então que não sabia como agir… Não sabia o que fazer e muito menos o que dizer…
Quando faltava cerca de meia hora para a altura da verdade ele saiu de casa. Estava tão ansioso que não conseguia esperar mais… Mas não ia confiante… Todas aquelas conversas com o espelho só confundiu mais a sua cabeça… Teve então, pela primeira vez desde que tinha combinado aquele acontecimento, duvidas sobre se o que estaria prestes a fazer era certo…
Ali estava ele sem saber o que dizer nem o que fazer a pensar que mal conhecia a pessoa apesar de na altura ter parecido que já se conheciam há anos… Mas havia ainda aqueles cinco segundos que não lhe saíam da cabeça… Como era possível???
Foi então que a viu… Todo ele tremeu… Deixou que ela viesse ao seu encontro e então cumprimentaram-se com um pequeno beijo envergonhado e bastante desajeitado…
Tudo ficou mais fácil ali… Decidiram ir dar uma volta pela rua. Foi então que se apercebeu de que tudo aquilo parecia estranho de mais… Já caminhavam à imenso tempo mas mesmo assim nunca se sentiram cansados nem faltou conversa e mesmo naqueles momentos silenciosos os seus olhares pareciam querer continuar a conversa como se apenas isso fosse o necessário para se entenderem… Pararam passado bastante tempo para beber um café e fizeram o caminho de regresso…
Ele encaminhou-a até casa mas quando lá chegaram nenhum deles se queria despedir e ficaram então na rua numa conversa animada enquanto trocavam carícias que por muito discretas que fossem pareciam ter um impacto enorme sobre os dois…
Falaram de quase tudo… Medos, sonhos, chegaram até a trocar pormenores sobre um e outro que não tinham trocado com mais ninguém…
No final da noite já deitado ainda não podia acreditar como tudo tinha corrido tão bem… Riu-se de si mesmo por pensar que estava com medo de ir até lá para estar com ela… Voltou então a rever na sua cabeça aquele acontecimento que tanto o marcou…
Por fim adormeceu a pensar que tudo aquilo começou apenas por ter gravado umas pequenas mas sentidas palavras numa pequena estrela de papel…”

Hoje em dia parece que ando um pouco esquecido daqueles sítios onde gravava palavras, sentimentos e tudo aquilo que me marcava… E mais importante ainda, ando um pouco esquecido daquilo que sentia enquanto gravava, mesmo que numa simples folha de papel, todas aquelas coisas que tanto me fizeram crescer…

E tu?
Onde e como gravas a tua vida?

terça-feira, 22 de abril de 2008

Uma fonte...

A Palavra

"A caminho da essência eu verifico a cadência
matéria que se mostra a mim livre de regência
Mato a dor de sentir demais, de amar demais, de pisar demais
Em convenções fundamentais
Encho a cabeça mas não há carga nos contentores
Digo olá aos meus amores, bem-vindas novas cores
Da utopia eu crio filosofia todo o dia quando a apatia
Senta no meu colo e arrelia
Eu faço a liturgia da verdadeira alegria
Música nos meus ouvidos, água benta em benta pia
A caminho com prudência eu não esqueço a violência
Que levou alguns dos melhores da minha existência
Mata a saudade de curtir demais, de tirar demais, de pisar demais
Em convenções fundamentais
Eu uso o tacto para trazer a água da minha fonte
Hoje em dia nem sequer preciso atravessar a ponte
Tenho a palavra escrita a tinta negra na minha pele
Menina dos meus olhos, doce como o mel
Palavra puxa palavra põe-me disponível para amar
Tudo aquilo que me seja sensível
E não são poucos aqueles que eu quero sem sequer os poder ver
Foi tanto o que me deram para nunca mais esquecer
Palavra de honra, guardo a palavra no meu bolso
Na parede, no conforto de uma cama de rede
Palavra de honra"


Porque sentir de mais ou amar de mais também doi...
Porque mesmo ás cegas também é possivel encontrar a fonte...
Fonte dos meus pensamentos... Fonte dos meus sentimentos...
E quando as palavras faltam... Há sempre um sorriso ou uma lágrima...
E num olhar, num abraço...
Tento mostrar tudo aquilo que te gostava de dizer...

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Palavras estranhas...

"Afinal, todos viviam num mundo definido por certas normas, que nem sempre admitem espontaneidade, ou as tentativas repentinas de vivermos o momento que passa."

Hoje estas palavras não me deixam dormir...
Não percebo o porque mas também não gosto do que me trazem...
Talvez amanha já me possam soar melhor e já não me incomodem tanto...
Mas hoje acho que vou dormir sobre o assunto assim que conseguir fechar os olhos...

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Palavras passadas...

Deste-me nas orelhas…
Fizeste-me chorar…
E no final deixei-te mal a ti…
Não podia ficar quieto…
Tinha de me mexer e foi isso que fiz…
Hoje fui ler… Ler o que outros me escreveram, ler o que me escreves-te, ler o que escrevi para outros…
O resultado foi este…
Após varias horas de chuva e tempestade eis que uma luz aparece ao fim do túnel…
Fizeste-me sorrir sabes?
Como gostava de te abraçar agora… só para sentir que estás aqui…
Podia dizer tantas coisas mas acho que nenhuma iria alcançar aquilo que pretendo…
Hoje volto a acreditar…
Esquece aquelas frases estúpidas que te disse…
Hoje só quero sorrir…
E pensar que tudo isto começou só porque eu não conseguia dormir por me sentir mal com a forma com que te deixei…
Desculpa-me…
Quero lutar…


Abraço cheio de carinho a todos aqueles que um dia me escreveram algo pois podem crer que eu voltei a ler o que um dia me deixaram…

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Deixa-me ficar...

Deixa-me ficar…
Abraça-me…
Deixa que chore no teu ombro…
Protege-me, agarra-me com força…
Dá-me o teu colo e deixa que ai encoste a cabeça e… Chore…
Toca-me… Faz-me uma carícia…
Sorri…
Não me perguntes porque choro… Apenas fica comigo…
Fala-me do tempo… Conta-me uma historia…
Deixa que a melodia nos envolva…
Não racionalizes… Deixa que tudo seja perfeito na sua imperfeita existência…
Olha-me nos olhos…
Limpa-me uma lágrima…
Sorri…
Consegues sentir?
É isto que preciso…
Não quero palavras repetidas e frases feitas…
Mostra apenas que sentes o que aqui vai dentro…
Deixa-me que seja eu a limpar uma lágrima tua…
Deixa-me deitar no teu colo…
Volta a fazer-me uma carícia…
Enquanto adormeço sinto o calor do teu amor…
E… Sorri…
Percebes agora?

quinta-feira, 3 de abril de 2008

U know what...

“Finding it hard to push on through…”

Não sei porque chove aqui…
E pareço não conseguir fazer nada para que pare…
Não sei o que se passa…

Ouço alguém a bater-me a porta. Parece teimar em dizer-me palavras amigas… Mas mesmo assim parecem não surtir efeito…
Fumo um cigarro enquanto ouço uma música que parece vir de tão longe e no entanto tenho os fones nos ouvidos…
Tento esquecer a chuva mas no entanto parece vir cada vez com mais força…

Alguém tenta falar comigo mas estou tão longe que as palavras parecem não querer chegar até mim…
Dou respostas curtas enquanto vejo a chuva cair…
Parece que aquilo que sei fazer se resume a desiludir…
E assim vou fumar mais um cigarro só para não ter de responder a mais perguntas…

Continua assim a musica a tocar e a chuva cada vez mais forte… Cada palavra que ouço é apenas mais uma faca a ferir a carne e a acertar em cheio no coração…
Dou por mim à procura de algo que me explique o porque de me sentir assim mas a única coisa que encontro são mais musicas e mais palavras e mais sentimentos e nenhum deles parece querer fazer-me voltar a viver e a sentir aquela alegria que tanto anseio e procuro…
Alegria essa que ainda ontem sentia…
Ainda ontem parecia que só tinha motivos para sorrir…
Mas hoje não a sinto…
Não sei para onde foi… Quero encontra-la… Preciso dela…

Parece que a chuva veio para ficar…
Não vejo explicação… Não percebo…
E assim continua a tocar a música de uma vida que outrora já foi bem mais animada…

Rainy Days -> Mary J. Blige feat Ja Rule



"It kinda feels like I'm drownin in the Lords pain
Until the sun comes out and shines again
Smile, give me reason to keep belivin
That everything ain't misleadin
And I, kiss the clouds on a rainy days
And, smile for you when ya skies are gray
Babe, cuz imma tear drop away from cryin
And few shots away from dyin
Dear Lord, would you shower my pain
Let it rain, let it rain on me
While I cherish the air I breathe
I'm an angel, that can't soar, can't fly
And I, mastered Lord knows why"

“Finding it hard to push on through…”